Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que
então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas
falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que
precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e
voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais
difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar
de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas
coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria
que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra
você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém,
como você existe em mim.
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